Trote Violênto - características de BULLYING
(por Andrea Tavares)
A Ilustre Profª Marlene Salgado de Oliveira, comenta a lamentavel prática de trotes violentos nas universidades do nosso país. Infelizmente, tal pratica tem sido observada também nos Ensinos Fundamental e Médio.
Na sociedade extremamente carente de informações, temos visto a prática do BULLYING, sendo disseminada nas salas de aula como se fossem brincadeiras "sem maldade".
O caso é grave, pois destas "brincadeiras" pervertidas, maldosas, com o intuito de menosprezar o próximo e levá-lo à uma situação de humilhação, encontramos caracterizado o BULLYING.
O Projeto "Eu Quero meus Direitos", do qual faço parte, objetiva justamente, levar aos alunos de várias instituições de Ensino Médio e Superior maiores informações do BULLYING, alertando-os das terríveis consequências, como lesões corporais, traumas psicológicos, depressão ...
Abaixo, a matéria, onde a profª . Marlene Salgado de Oliveira comenta sobre o trote que chamou a atenção de todo o país, veículado pela mídia, através do "Fantástico" , da Rede Globo de televisão.
EXTRAÍDO DO JORNAL "O SÃO GONÇALO- ON-LINE "
20/03/2010
Chega de trote violento
Todo início de semestre vemos notícias sobre trotes universitários violentos. Até quando teremos que conviver com essa situação? Quando conseguiremos banir das instituições de ensino essa prática tão danosa?
O último caso que tomamos conhecimento foi o de um aluno de Medicina Veterinária no interior de São Paulo. O jovem teve suas roupas rasgadas e foi obrigado a beber álcool combustível.
Onde está a consciência desses bárbaros para fazerem tamanha maldade com um colega? Alguma coisa precisa ser feita. Não podemos continuar a conviver com fatos como esse. Nós, educadores, temos papel fundamental na tarefa de mudar os conceitos tortos e reacender a consciência para uma convivência pacífica entre os estudantes.
Os ritos de passagem fazem parte de vida de cada um de nós. O batismo, a passagem da infância para a adolescência com a chegada da puberdade e o casamento são exemplos de ritos que nossa sociedade possui. O ingresso no ensino superior é dos mais marcantes e deve ser comemorado. Mas, tornar esse momento um palco para selvageria e constrangimento, está fora de qualquer propósito.
Concordo com a proposta de institucionalização da recepção aos novos alunos. Isso não deve ser deixado nas mãos dos alunos veteranos. Cabe à instituição receber os estudantes que passam a fazer parte de sua comunidade acadêmica.
Nesse sentido vejo com muito bons olhos os trotes solidários. Por meio deles os alunos são estimulados a doar sangue, prestar serviços à comunidade ou ajudar em campanhas de arrecadação de mantimentos. Iniciativas como essas promovem a interação entre novos e antigos alunos, estimulam a solidariedade e trazem benefício à sociedade. Não faltam instituições de caridade ou órgãos públicos e privados de promoção a saúde que precisam de apoio e podem ajudar na elaboração dessas ações.
Quanto a aqueles que cometem o terrorismo contra os calouros, só cabe a punição. De forma exemplar, eles devem pagar pelos erros cometidos. Corrigir esses “deslizes” de conduta agora dará a eles a oportunidade de se tornarem pessoas melhores no futuro.
Afinal, é compromisso de qualquer instituição de ensino formar, antes de profissionais competentes, cidadãos conscientes e comprometidos do seu papel na sociedade. Nada melhor do que iniciar o trabalho mostrando esse compromisso aos calouros.
A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutoranda em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.
E-mail: recadodaprofessora@jornalsg.com.br
FONTE :http://www.jornalsg.com.br/site/recado+da+professora/2010/3/20/8351/chega+de+trote+violento